Que é feito do Dragão?



Algo se passa com o novo estádio do Porto. No último Porto-Manchester, vinha no bilhete uma referência ao Estádio das Antas. Das duas uma: ou finalmente a administração da SAD se apercebeu do ridículo do nome do Estádio, ou aperceberam-se dos bocados de relva que saltavam no antigo areal, e contavam jogar no belo relvado das Antas...
Dia do centenário

O nosso GLORIOSO faz hoje 100 anos. Bela idade. Faço votos para que os próximos 100 tenham no mínimo tantas glórias como estes (se possível sem estes últimos 10 anos). Parabéns Sport Lisboa e Benfica!
Dedicado ao grande azeiteiro


Mais um debate...

Sempre achei piada aos debates parlamentares. Porque nunca servem para grande coisa. Governo e oposição entram com as suas ideias, e saem de lá exactamente com as mesmas. Ainda está para surgir um debate onde no final se oiça: "eles afinal até têm razão".
Mas porque é que isto nunca se ouve? Porque raramente alguém tem razão. No debate de hoje as ideias chave eram: o governo a congratular-se pelos 2,8% do défice orçamental; a oposição a criticar a polítca económica seguida pelo governo.
A questão é que nem o governo tem motivos para se orgulhar do seu feito, nem a oposição tem argumentos válidos para afirmar que o caminho seguido é errado. Porque não é. O Banco de Portugal e o Banco Central são muito claros ao dizer que não restava outro caminho a seguir, sem ser o de rigor orçamental. Por outro lado, Durão Barroso não tem motivos para enaltecer tanto o seu feito de descer o défice abaixo dos 3%. Da forma que o fez até o Engº Guterres o poderia ter feito. O problema era que nessa altura, ninguém sabia realmente qual era o nosso défice. Ou se o sabiam, não sabiamos nós.
Carnaval

Fantástica descrição do carnaval português no Aviz. A não perder. Como já está lá tudo dito, nem vale a pena acrescentar mais nada.
Soube a pouco

Grande exibição do Benfica! Pode-se argumentar que o Rosenborg está no início da época, que são toscos etc... mas lá que os nossos meninos jogaram bem ninguém o pode negar. Pena o resultado tão curto.
João Vieira Pinto fala finalmente sobre o seu afastamento da selecção nacional. Diz que alguém deveria assumir o seu afastamento. Será da minha memória ou não me lembro de um pedido de desculpas aos portugueses pelo seu comportamento no último mundial? A não convocação é o mínimo exigível à federação, quer para punir o comportamento do jogador, quer para servir de exemplo aos jogadores mais novos. De qualquer forma, um soco bem assente resolveria a questão. Resta saber em quem...

PS: Ainda me lembro de Valentim Loureiro: "Tenho a certeza que ele não fez nada!". Aqui está alguém que deveria assumir alguma coisa.
Bem-Vindo

Rui Nunes lançou-se na blogosfera, com o Eusouassim. O início promete. Chamo desde já a atenção para o posts Escândalo e Autoridades na Matéria. E ainda uma óptima referência à entrevista de PC à SIC.
Porto 2 Manchester 1

Grande demonstração de força dada hoje pelo Porto. Começou mal, mas nunca virou a cara à luta, e levado ao colo por um ambiente fantástico lá levou de vencida a equipa inglesa. Quanto ao Manchester...grande desilusão. Tal como ontem relativamente ao Real Madrid, fiquei com a sensação de haver dois tipos de equipas em campo: uma que queria ganhar, apesar de não ter o talento do adversário, e outra que mais parecia estar num passeio. O mais incrível é que são as duas equipas que menos que fizeram, que estão em melhores condições de passar a eliminatória (ao Real um empate ao 0 basta, ao Manchester basta uma vitória por 1-0).

A ver vamos a atitude do Benfica amanhã...e dos seus adeptos.
"Não contem comigo para uma reforma dessas. As empresas pagam poucos impostos em Portugal."

Não sou eu quem o digo. Aliás não tenho na minha mão elementos que me permitam dar uma opinião. Mas acredito-me no que leio e no que aprendi ao longo destes anos. A frase é do dirigente sindical da UGT João Proença, pessoa que aliás até tenho em conta, e que ao contrário do dirigente sindical da GCTP nem me parece sedento de protagonismo. Mas a frase em si parece-me grave. É frequente comentar-se o excessivo peso do fisco na economia nacional, peso esse que leva a menos investimento estrangeiro na nossa economia (tendo os mesmos resultados antes de impostos, um empresa lucra mais em Espanha ou França do que em Portugal). O próprio Governo concorda com o elevado IRC que as empresas pagam, de tal forma que pretendem reduzir o IRC futuro, de uma forma gradual.

Frases como estas vão-me ajudando a perceber em que consiste a luta sindical em Portugal: os trabalhadores até podem não ganhar mais, mas também não deixamos que o Capital ganhe. Será engano meu, ou as empresas com melhores resultados não podem pagar melhores salários aos seus trabalhadores?
A partir de hoje, passo a publicar todas as terças feiras um artigo sobre futebol.

Hoje foi dia de Bayern-Real Madrid. Mais uma vez o futebol deu uma prova de ser um jogo muito pouco justo. O Real nada fez para merecer o empate, foi na maior parte do jogo uma equipa submissa ao Bayern, mas não bastava ter uma constelação de galáticos no ataque, ainda teve a preciosa ajuda de Khan. E assim, consegue transformar um resultado adverso, num muito mais confortável deixando antever uma segunda mão mais tranquila para os merengues.

Quanto ao resto dos jogos de hoje, Arsenal e Milan têm tudo para passar a proxima eliminatória, depois de terem vencido o Celta (3-2), e empatado frente ao Sparta (0-0) ambos fora. Lokomotiv e Monaco deixam tudo em aberto depois de uma vitória dos russos por 2-1 em casa.

Amanhã é dia de Porto-Manchester. Grande jogo sem dúvida. Aqui está um bom teste à equipa do Porto, que na minha opinião vem praticando um futebol pouco mais que mediano, mas mais que suficiente para ainda estar invicto na Superliga. Mas os jogos da Taça dos Campeões são totalmente diferentes. Outra motivação, outra pressão, e muitos olhos por toda essa Europa fora (será que Deco aparece?).

A nível nacional, este fim-de-semana praticamente fechou as contas quanto ao vencedor da Superliga. Apesar de ainda faltarem muitos jogos, a diferença pontual entre o Porto e os seus adversários parece não deixar muitas dúvidas sobre a vitória da equipa de Mourinho.

Quanto ao Benfica... Creio que o Benfica está no caminho correcto. A equipa tem indiscutivelmente elementos de qualidade (era algo que já não via há uns anos) apesar de alguns jogadores ainda uma grande margem de progressão. Quinta-Feira o Benfica recebe o Rosenborg, num jogo onde é fundamental o apoio dos adeptos . O sorteio foi bastante favorável, e deixa pelo menos uma legítima ambição de seguir em frente na taça UEFA.
O Benfica encara este jogo depois de mais um tropeção na Madeira frente ao Nacional. Não é normal discutir as opções do treinador, mas pareceu-me que Camacho se enganou no último fim-de-semana. Trocar uma dupla de centrais, que até tinha estado bem, e colocar Luisão e Hélder, ambos com falta de ritmo, pareceu-me um erro crasso. Fernando Aguiar não tem visivelmente qualidade para envergar a camisola encarnada. Andersson, emprestado ao Beleneses, sempre me pareceu um jogador de qualidade, que apesar de não ser muito ulitilzado era uma alternativa de qualidade à posição de Tiago. Qual terá sido a razão deste empréstimo? Apesar de tudo, acho que Camacho seria o homem indicado para continuar à frente da equipa. Não por ser um treinador de excelência, mas porque é um homem que fala do que sabe, e tem personalidade e reputação para ser um líder de uma equipa jovem como a do Benfica. Creio que ele só colocará a hipótese de continuar se a equipa conseguir pelo menos o 2º lugar.

Nota: O futebol português tem motivos para sorrir. Jorge Cadete, essa grande referência do nosso futebol e dos reality-shows, voltou aos relvados pela equipa escocesa do Patrick Thistle.

Um pouco de "política"...

Dia: 17 de Fevereiro de 2004
Local: Tribunal de Aveiro

Já há muito que nos habituamos a ver as mais incríveis formas de demagogia política, praticadas pelos nossos partidos políticos mais à esquerda. Ora são os dirigentes ao lado dos trabalhadores que infelizmente perdem o seu emprego (é curioso porque se sentimentos são tão nobres porque é que tem que estar lá sempre um câmera de televisão?), ora nas mais manifestações anti-globalização (que acabam sempre com uma carga policial sobre os manifestantes dado o seu bom comportamento) ou de qualquer outro cariz anti capitalismo.

O que vimos esta terça feira, foi um inadmissível aproveitamento político, de um caso que por si é polémico. Não faço qualquer crítica à posição destes partidos, mas sim à forma como usaram o tribunal para mais uma fantochada política. Os portugueses foram sondados e, apesar da fraca adesão do referendo, disseram não há despenalização do aborto. Como o resultado não agradou à nossa esquerda tão democrática, argumenta-se agora que o referendo não teve um carácter vinculativo, dada a fraca adesão.

Agora eu pergunto: se o resultado tivesse sido favorável as suas posições, será que estes aceitariam um novo referendo promovido por quem em consciência defende a não despenalização do aborto? É lógico que não. Merece este tema um debate sério, dada a gravidade do assunto em questão? Sem dúvida. Agora não se utilizem os tribunais, símbolos de um verdadeiro Estado democrático, para mais circos e minutos em prime time nas televisões.
Sistema FC

O Sporting venceu esta noite o Moreirense por 1-0. Mas mais importante que isso, foi a entrevista dada pelo seu presidente na quinta-feira na RTP. Dias da Cunha finalmente explicou-nos quem é o sistema. E até disse mais! Disse que se não fossem os 6 pontos roubados ao Sporting frente ao Moreirense e Marítimo, e alguns dados ao Porto, o Sporting era líder do campeonato. Ia jurar que este ano vi um indescritível Benfica-Sporting, onde o árbitro Lucílio Batista marca um penalty fantasma sobre o pseudo-pistoleiro Silva. Também tenho uma vaga ideia de um Sporting-Sistema onde o Sporting beneficiou de 2 penaltys (um parece claro, o outro nem tanto). Será que o Sporting sem esses penaltys ganhava esses jogos? Será que o presidente do Sporting só sabe fazer contas de subtraír e esquece-se dos jogos onde já foi beneficiado...?
A favor da flexibilidade

Portugal é o país da OCDE com o mercado de trabalho menos flexível. Será isto bom? Mau? Tem alguma importância? Bom, vamos por partes. O que se entende por flexibilidade no trabalho? Um país com um mercado de trabalho flexível, permite que, havendo uma região ou sector económico com excesso de trabalhadores, e outra região ou sector com escassez, os trabalhadores possam facilmente deslocar-se no sentido de colmatar esta escassez. Ou seja, Portugal é um país onde isto acontece com muita dificuldade, constituindo um entrave ao aumento da nossa riqueza. Porque é que isto acontece? Por uma série de razões. Em primeiro lugar porque grande parte da nossa força de trabalho tem alguma dificuldade em aceitar a mudança. Estamos a falar de pessoas com pouca formação, onde muitas desempenham uma tarefa durante uma vida (e não é de menosprezar esse trabalho), e por conseguinte, opõem-se naturalmente à mudança.

A segunda explicação para a falta de flexibilidade, está no peso da nossa legislação no sector económico. Se na primeira razão podemos compreender a dificuldade de alguma pessoas aceitarem a mudança, este segundo caso é inaceitável. Portugal não pode ter legislação que em última análise atrase o seu proprio desenvolvimento. E que tipo de legislação é esta? É a legislação que permite que trabalhadores fraudulentos apresentem baixa durante meses, que permite que trabalhadores malandros absorvam recursos de uma empresa, não contribuindo em nada para o seu desenvolvimento etc...

Se é certo e justo que exista uma legislação que garanta os direitos fundamentais de quem quer trabalhar, esta legislação não pode ser de almofada para malandros. E não são poucos em Portugal. Resultado: temos muita gente com emprego que não quer trabalhar, e muita gente desempregada que gostaria de trabalhar.

É fantastico ver as pessoas pedirem aumentos salariais de 5%. E até o poderiam ter. Infelizmente, a não produtividade de alguns impede que Portugal cresca a um ritmo que permita tais aumentos. Infelizmente também tivemos um Governo que "assaltou" as nossas finanças e que fugiu. O que está la agora, vê-se na necessidade de cortar nos gastos a arrumar a casa. Mas como isto é um trabalho impopular, sabe-se lá se quando a casa ja estiver limpa, não voltem para lá aqueles que a "sujaram".

O que vale é que temos 10 estádios novos para a nossa Superliga, que como se viu no fim-de-semana passado em Guimarães são muito valorizados. Os sócios do Guimarães até tiveram o trabalho de mostrar ao árbitro e ao país, que as cadeiras onde estavam sentados eram desconfortáveis - só vejo essa razão num país desenvolvido para se arremessar uma cadeira para dentro do campo. Ou será que o erro é no adjectivo do país?
Bem-Vindos ao meu blog pessoal. Aqui irei emitir as minhas opiniões sobre os mais diversos temas da actualidade.

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