Cunhal

Faleceu Álavro Cunhal, o que duvido que seja notícia para alguém que leia este post. Nestas alturas é sempre lembrado o que de bom as pessoas tinham, o que até compreendo. Mas não aletermos a história, nem nos esqueçamos o que de mal as pessoas fizeram ao nosso país. Cunhal sempre foi um comunista a sério, lutou contra o fascismo (não pela democracia). Agora dizer daí apelidar de patriota, uma pessoa que dava informações confidenciais à ex-URSS, que dizia para se temerem os católicos... ainda vai uma grande distância.

"Cunhal lutou pelos valores que acreditava durante toda a sua vida". Não me parece que o facto de uma pessoa que não ter conseguido compreender as mudanças do mundo no último século seja algo de louvável.

Champalimaud foi uma das vitimas do ataque pós 25 de Abril, tendo que fugir para Espanha. Conquistou a vida lá fora, voltou para Portugal e deixou um império. Na hora da sua morte, deixou uma fundação e muitos milhares de contos para serem investidos em inestigação na área da saúde. Pergunto eu.. quem fez mais por Portugal?


Saudações
31º Campeonato Nacional !!!

As imagens dizem tudo. Os números ajudam a compreender a grandeza. Quanto ao resto... Rennie resolve!!!








Este também é teu Miki!


A norte, tudo na mesma...

Aí está o velho Porto que já andava esquecido. Como a equipa em campo não corresponde minimamente ao que dela se esperava (a não ser nos cotovelos, onde a equipa mostra uma força invulgar), nada como uma boa desculpa. Desta vez, para variar, veio a arbitragem. Ouvi esta semana o seu presidente dizer que as arbitragens têm beneficiado o Benfica, apontando até exemplos como os jogos contra o Rio Ave e Estoril. Para os mais desatentos, nestes jogos o Benfica marcou um golo contra em fora de jogo (contra o Rio Ave), e beneficiou de um penalty indevidamente assinalado (contra o Estoril). Esta pessoa que vem agora fazer estes comentários, é exactamente a mesma que afirmou nada perceber de arbitragens depois do jogo contra o Benfica (como é lógico não lhe convinha depois de tamanho roubo), que curiosamente não ouvi falar depois do jogo com o Marítimo (golo em fora de jogo), ou com o Belenenses (expulsao do Juninho), ou com o Leiria (Fabiano e Pepe deveriam ter sido expulsos), entre outros jogos...
De uma forma resumida, dos 20 anos que este homem já é presidente, nunca o Porto beneficiou de um erro de arbitragem nem nunca foram pagas viagens a árbitros.
E para acabar a semana em beleza, nada melhor que um black-out. A norte portanto, tudo na mesma, e como desta vez não há Mourinho, algo me diz que vamos ter um belo final de campeonato.
Será?

Dizem as sondagens que Sócrates vais ganhar as eleições, o que desperta em mim um sentimento misto. Por um lado tristeza, dado que pode acontecer que pela primeira vez as sondagens acertem. Por outro lado esperança, que a vitória de Sócrates seja igual à vitória da despenalização do aborto, ou à da regionalização, ou às de Fernando Gomes e João Soares nas câmaras de Porto e Lisboa...
Comunicação Social

Se há classe que eu particularmente repugno são os jornalistas. Não todos, claro que há excepções. Mas o nível médio é sem dúvida a mediocridade. Vem-me este pensamento a propóstito da actual campanha política. Por norma, e em cada eleição, ouço que se desce a um nível baixo, que a nossa democracia está em causa, enfim, um discurso também ele medíocre. Mas agora reparemos. Normalmente um comício de um partido pode demorar algumas horas, com várias intervenções. Suponhamos que a figura principal do respectivo partido tem uma intervenção de cerca de meia hora. Os telejornais, fazem um pequeno resumo dessas intevenções, normalmente passando cerca de 10 a 15 segundos. A questão é que um Lopes, ou um Sócrates ou um Portas podem estar 29 minutos a falar dos problemas do país, mas é precisamente aquele minuto que se dirigem ao adversário o escolhido para passar nos telejornais. Porque isso é que vende, isso que cria a polémica, e é a polémica que traz audiências. Depois ainda vem outra raça híbrida de Jornalistas que são os "comentadores" ou "analistas". Estes ainda são piores, porque normalmente sabem o rumo a seguir, o que há que emendar, mas nunca ninguém os viu a fazer algo de verdadeiramente útil para o país. São no fundo os "Gabrieis Alves" do mundo da política. Agora pensemos: e porque é que os políticos normalmente embarcam neste jogo da comunicação social? A resposta é simples: porque é através da comunicação social que são eleitos. Porque dado o nível igualmente medíocre da nossa política, não é fácil eleger alguém pelo trabalho feito, dado que, em regra, este costuma ser pouco mais que zero.

Nota: Este problema da comunicação social está longe de ser exclusivo de Portugal. Das imprensas estrangeiras que melhor conheço, como o caso da espanhola ou inglesa, o nível é, em regra, igual ou inferior.
Eleições Fevereiro 2005

É já no próximo mês que vamos saber quem vai ser o futuro primeiro-ministro de Portugal, para os próximos quatro anos (ou 3 ou 2, conforme a vontade do Presidente da República). E em fase de pré-campanha fico a pensar ao que Portugal vai ficar entregue. Dizem-me que a escolha é entre Santana e Sócrates. Seria mais fácil dizerem-me que não há escolha...