Confesso que não sou um particular adepto da Espanha, e é-me absolutamente indiferente que ganhasse a Espanha ou a Alemanha. Há quem veja nos nuestros hermanos um grande laço de tradições históricas (que as há) e os que agradecem quem correu com o reinado Filipino no nosso canto lusitano. Eu sou daqueles que até vê alguma pseudo-rivalidade entre ambos os países, fruto talvez de algum complexo de inferioridade, sendo que a única rivalidade que hoje podemos aspirar é mesmo pseudo.
A Espanha está à nossa frente em praticamente tudo, mesmo com o profundo sentimento separatista que existe dentro do próprio país. Factos são factos, e se olharmos no que ao desporto diz respeito, reparamos na potência mundial dos "nuestros hermanos": são campeões do mundo de Andebol, Voleibol e Basquetebol; Nadal ganhou pela 4ª vez consecutiva o Roland Garros; o insuportável Fernando Alonso foi campeão do mundo de Formula 1 e agora tornam-se Campeões da Europa de Futebol. E justamente. Há muito que não via uma equipa vencer um campeoanto de uma forma tão convicente como a Espanha. Nós tivemos a nossa hipótese em 2004, e deixámo-la fugir. Tão cedo não teremos tamanha oportunidade de reinar a Europa do futebol.
