Comunicação Social
Se há classe que eu particularmente repugno são os jornalistas. Não todos, claro que há excepções. Mas o nível médio é sem dúvida a mediocridade. Vem-me este pensamento a propóstito da actual campanha política. Por norma, e em cada eleição, ouço que se desce a um nível baixo, que a nossa democracia está em causa, enfim, um discurso também ele medíocre. Mas agora reparemos. Normalmente um comício de um partido pode demorar algumas horas, com várias intervenções. Suponhamos que a figura principal do respectivo partido tem uma intervenção de cerca de meia hora. Os telejornais, fazem um pequeno resumo dessas intevenções, normalmente passando cerca de 10 a 15 segundos. A questão é que um Lopes, ou um Sócrates ou um Portas podem estar 29 minutos a falar dos problemas do país, mas é precisamente aquele minuto que se dirigem ao adversário o escolhido para passar nos telejornais. Porque isso é que vende, isso que cria a polémica, e é a polémica que traz audiências. Depois ainda vem outra raça híbrida de Jornalistas que são os "comentadores" ou "analistas". Estes ainda são piores, porque normalmente sabem o rumo a seguir, o que há que emendar, mas nunca ninguém os viu a fazer algo de verdadeiramente útil para o país. São no fundo os "Gabrieis Alves" do mundo da política. Agora pensemos: e porque é que os políticos normalmente embarcam neste jogo da comunicação social? A resposta é simples: porque é através da comunicação social que são eleitos. Porque dado o nível igualmente medíocre da nossa política, não é fácil eleger alguém pelo trabalho feito, dado que, em regra, este costuma ser pouco mais que zero.
Nota: Este problema da comunicação social está longe de ser exclusivo de Portugal. Das imprensas estrangeiras que melhor conheço, como o caso da espanhola ou inglesa, o nível é, em regra, igual ou inferior.
0 comentários:
Enviar um comentário