Terminou o polémico concurso da RTP dos "Grandes Portugueses" com o resultado que, contra a vontade da maioria (incluindo a própria RTP), todos esperavam: os portugueses escolheram Salazar como a maior figura da história portuguesa. Devo dizer que gostei do resultado. Não porque concorde com ele, ou partilhe de qualquer ideologia nacionalista, mas porque acima de tudo foi um fantástico voto de incompetência aqueles que têm vindo a governar os destinos do país. Somos um país livre, é certo, mais evoluído (o que não seria difícil tamanho o atraso de Portugal em 74), mas que tem falhado nos pilares que sustentam um estado democrático: educação, saúde e justiça. O descrédito pela política é generalizado, que sofre um rombo em cada tacho ou salário milionário atribuido aos que se vão governando à conta de todos nós. Todos sabemos da elevada franja daqueles que sem nunca terem provado competências em lado algum, se vão encostando às máquinas partidárias para fazerem temporadas enquanto as suas cores vão governando. Em causa raramente estão princípios ou valores (que quando defendidos tornam a política uma causa nobre) mas sim interesses pessoais.
O povo deixou aqui um primeiro aviso. Que deve ser levado muito a sério. É que convém não esquecer, que as ditaduras (de direita e de esquerda) aparecem nas crises da democracia.
Também não deixou de ser interessante a forma como Salazar ganhou a votação de uma forma tão categórica a Álvaro Cunhal, que deixou Odete Santos visivelmente desorientada a gritar a inconstitucionalidade (!!) do concurso. Aliás, a deputada do PCP fez questão de tornar pública uma carta dirigida pelo partido à RTP, a alertar para os perigos que a previsível vitória de Salazar poderia trazer para a vida pública. Seria o objectivo do PCP censurar os resultados? Claro que não! Censura é algo que, como todos sabemos, é monopólio da direita...
Ah, o meu voto iria para Vasco da Gama.
O povo deixou aqui um primeiro aviso. Que deve ser levado muito a sério. É que convém não esquecer, que as ditaduras (de direita e de esquerda) aparecem nas crises da democracia.
Também não deixou de ser interessante a forma como Salazar ganhou a votação de uma forma tão categórica a Álvaro Cunhal, que deixou Odete Santos visivelmente desorientada a gritar a inconstitucionalidade (!!) do concurso. Aliás, a deputada do PCP fez questão de tornar pública uma carta dirigida pelo partido à RTP, a alertar para os perigos que a previsível vitória de Salazar poderia trazer para a vida pública. Seria o objectivo do PCP censurar os resultados? Claro que não! Censura é algo que, como todos sabemos, é monopólio da direita...
Ah, o meu voto iria para Vasco da Gama.
Resultados Finais
1º António de Oliveira Salazar - 41,0%
2º Álvaro Cunhal - 19,1%
3º Aristides de Sousa Mendes - 13,0%
4º D. Afonso Henriques - 12,4%
5º Luís de Camões - 4,0%
6º D. João II - 3,0%
7º Infante D. Henrique - 2,7%
8º Fernando Pessoa - 2,4%
9º Marquês de Pombal - 1,7%
10º Vasco da Gama - 0,7%