A CGTP teve hoje o seu dia. Podemos colocar no calendário, com perfeita segurança como a Páscoa ou Natal, que quando é apresentado o Orçamento de Estado, a CGTP convoca uma greve. Porquê? Duvido que alguém saiba, a começar pelos próprios grevistas. Eu pelo menos já nem quero saber.
Já aqui escrevi anteriormente que vivemos numa época onde uma greve é algo de absolutamente banal. Esse "mérito" deve ser dado aos sindicatos. Sou absolutamente a favor da greve, quando justificada. Uma greve séria, onde se mobilize verdadeiramente a população (e temos em Portugal alguns casos que o justificariam) é uma arma fortíssima que graças aos sindicatos as sociedades têm vindo a perder. Depois, a habitual palhaçada: a guerra de números. Por um lado, o Estado a minimizar os naturais constrangimentos provocados, por outro, os sindicatos a gabarem-se de terem parado o país, sem que ninguém tenha reparado.
Por fim há outra coisa que me interrogo: se os sindicatos consideram que são as suas políticas que vão desenvolver o páis, porque é que não deixam de ser sindicatos e passam a criar uma força política? É muito fácil ser-se eternamente oposição, porque sabemos que nunca vamos ter a responsabilidade de decidir alguma coisa. Se a base de apoio dos principais sindicatos é assim tão grande como a sua propaganda o faz querer, porque não apresentam um programa de governo, sujeito a sugráfio e capaz de provar ao país que as suas políticas são as correctas. Será assim tão difícil?
Digam o que disserem, a NBA é a melhor competição desportiva do mundo. Na minha perspectiva, é mesmo o principal incentivo à factura mensal da SportTV. Vários jogos diários numa competição que nem no Natal dá descanso aos seus fãs (e jogadores claro). Aqui não há desculpas que uma equipa não rende porque teve jogo na noite anterior (ao contrário das que reclamam ter jogado a meio da semana), até porque, muito possivelmente, irão jogar já na noite seguinte. 30 equipas rumo ao título de basquetebol mais procurado por todos. Os adeptos agradecem.
