A norte, tudo na mesma...
Aí está o velho Porto que já andava esquecido. Como a equipa em campo não corresponde minimamente ao que dela se esperava (a não ser nos cotovelos, onde a equipa mostra uma força invulgar), nada como uma boa desculpa. Desta vez, para variar, veio a arbitragem. Ouvi esta semana o seu presidente dizer que as arbitragens têm beneficiado o Benfica, apontando até exemplos como os jogos contra o Rio Ave e Estoril. Para os mais desatentos, nestes jogos o Benfica marcou um golo contra em fora de jogo (contra o Rio Ave), e beneficiou de um penalty indevidamente assinalado (contra o Estoril). Esta pessoa que vem agora fazer estes comentários, é exactamente a mesma que afirmou nada perceber de arbitragens depois do jogo contra o Benfica (como é lógico não lhe convinha depois de tamanho roubo), que curiosamente não ouvi falar depois do jogo com o Marítimo (golo em fora de jogo), ou com o Belenenses (expulsao do Juninho), ou com o Leiria (Fabiano e Pepe deveriam ter sido expulsos), entre outros jogos...
De uma forma resumida, dos 20 anos que este homem já é presidente, nunca o Porto beneficiou de um erro de arbitragem nem nunca foram pagas viagens a árbitros.
E para acabar a semana em beleza, nada melhor que um black-out. A norte portanto, tudo na mesma, e como desta vez não há Mourinho, algo me diz que vamos ter um belo final de campeonato.
Publicada por
Francisco Dias
on 2/05/2005
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Será?
Dizem as sondagens que Sócrates vais ganhar as eleições, o que desperta em mim um sentimento misto. Por um lado tristeza, dado que pode acontecer que pela primeira vez as sondagens acertem. Por outro lado esperança, que a vitória de Sócrates seja igual à vitória da despenalização do aborto, ou à da regionalização, ou às de Fernando Gomes e João Soares nas câmaras de Porto e Lisboa...
Dizem as sondagens que Sócrates vais ganhar as eleições, o que desperta em mim um sentimento misto. Por um lado tristeza, dado que pode acontecer que pela primeira vez as sondagens acertem. Por outro lado esperança, que a vitória de Sócrates seja igual à vitória da despenalização do aborto, ou à da regionalização, ou às de Fernando Gomes e João Soares nas câmaras de Porto e Lisboa...
Publicada por
Francisco Dias
on 2/02/2005
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Comunicação Social
Se há classe que eu particularmente repugno são os jornalistas. Não todos, claro que há excepções. Mas o nível médio é sem dúvida a mediocridade. Vem-me este pensamento a propóstito da actual campanha política. Por norma, e em cada eleição, ouço que se desce a um nível baixo, que a nossa democracia está em causa, enfim, um discurso também ele medíocre. Mas agora reparemos. Normalmente um comício de um partido pode demorar algumas horas, com várias intervenções. Suponhamos que a figura principal do respectivo partido tem uma intervenção de cerca de meia hora. Os telejornais, fazem um pequeno resumo dessas intevenções, normalmente passando cerca de 10 a 15 segundos. A questão é que um Lopes, ou um Sócrates ou um Portas podem estar 29 minutos a falar dos problemas do país, mas é precisamente aquele minuto que se dirigem ao adversário o escolhido para passar nos telejornais. Porque isso é que vende, isso que cria a polémica, e é a polémica que traz audiências. Depois ainda vem outra raça híbrida de Jornalistas que são os "comentadores" ou "analistas". Estes ainda são piores, porque normalmente sabem o rumo a seguir, o que há que emendar, mas nunca ninguém os viu a fazer algo de verdadeiramente útil para o país. São no fundo os "Gabrieis Alves" do mundo da política. Agora pensemos: e porque é que os políticos normalmente embarcam neste jogo da comunicação social? A resposta é simples: porque é através da comunicação social que são eleitos. Porque dado o nível igualmente medíocre da nossa política, não é fácil eleger alguém pelo trabalho feito, dado que, em regra, este costuma ser pouco mais que zero.
Nota: Este problema da comunicação social está longe de ser exclusivo de Portugal. Das imprensas estrangeiras que melhor conheço, como o caso da espanhola ou inglesa, o nível é, em regra, igual ou inferior.
Se há classe que eu particularmente repugno são os jornalistas. Não todos, claro que há excepções. Mas o nível médio é sem dúvida a mediocridade. Vem-me este pensamento a propóstito da actual campanha política. Por norma, e em cada eleição, ouço que se desce a um nível baixo, que a nossa democracia está em causa, enfim, um discurso também ele medíocre. Mas agora reparemos. Normalmente um comício de um partido pode demorar algumas horas, com várias intervenções. Suponhamos que a figura principal do respectivo partido tem uma intervenção de cerca de meia hora. Os telejornais, fazem um pequeno resumo dessas intevenções, normalmente passando cerca de 10 a 15 segundos. A questão é que um Lopes, ou um Sócrates ou um Portas podem estar 29 minutos a falar dos problemas do país, mas é precisamente aquele minuto que se dirigem ao adversário o escolhido para passar nos telejornais. Porque isso é que vende, isso que cria a polémica, e é a polémica que traz audiências. Depois ainda vem outra raça híbrida de Jornalistas que são os "comentadores" ou "analistas". Estes ainda são piores, porque normalmente sabem o rumo a seguir, o que há que emendar, mas nunca ninguém os viu a fazer algo de verdadeiramente útil para o país. São no fundo os "Gabrieis Alves" do mundo da política. Agora pensemos: e porque é que os políticos normalmente embarcam neste jogo da comunicação social? A resposta é simples: porque é através da comunicação social que são eleitos. Porque dado o nível igualmente medíocre da nossa política, não é fácil eleger alguém pelo trabalho feito, dado que, em regra, este costuma ser pouco mais que zero.
Nota: Este problema da comunicação social está longe de ser exclusivo de Portugal. Das imprensas estrangeiras que melhor conheço, como o caso da espanhola ou inglesa, o nível é, em regra, igual ou inferior.