Não se trata (só) de um caso de incompetência. É bem mais que isso. Noticía o Jornal de Notícias que a dívida da Câmara Municipal de Aveiro ascende a 220 Milhões de Euros. Sim, 220 Milhões de Euros. Mais incrível é ainda haver quem possa defender um modelo de gestão autárquico suportado neste exemplo. Argumentam os iluminados (socialistas neste caso), que "ao menos a Câmara fez obra". Estamos perante a defesa mais pateta possível. Meus caros, fazer obra assim também eu faço em todo o lado. O difícil não é fazer ou ter ideias, é conseguir executá-las cumprindo os acordos estabelecidos, ou não fosse o significado de economia a "gestão de recursos escassos". A CM Aveiro parece portanto condenada a um futuro, no mínimo, difícil.
Numa análise mais ampla, perguntamo-nos como é possível isto acontecer. A resposta é simples: vivemos num país em que não há responsáveis de nada. Exemplo emblemático disto, é verificar onde andam hoje os principais responsáveis por este descalabro financeiro da CM Aveiro (sim, a resposta é em cargos públicos). Como a solução teria que ser o Eng.º Sócrates ou o Dr. Marques Mendes aprovarem uma lei que metesse os seus autarcas na cadeia (passe o exagero, embora no mínimo a suspensão de cargos públicos), parecemos portanto irremediavelmente condenados a assistir a todo este escândalo com um sorriso na boca.
Nota: este texto veio a propósito da notícia publicada hoje no JN. A má gestão autárquica não é um monopólio do PS. É sim, um dos principais descréditos do actual sistema democrático.
24 Horas
Por uma questão de higiene mental, nunca comprei o pasquim. Pela mesma razão, reduzo ao mínimo possível as minhas passagens pela TVI. O recente episódio da notícia de um suposto caso sobre a transferência de Mantorras envolvendo Luís Filipe Vieira, veio demonstrar o que há muito se suspeitava: estamos perante dois meios de comunicação social terroristas. As bombas são lançadas sobre a dignidade das pessoas.
O Bloco
Francisco Louçã, esse esquerdista de primeira água, opõe-se vivamente ao envio de tropas portuguesas para a manutenção da paz no Libano. É no mínimo estranho este pensamento social...
