"Não contem comigo para uma reforma dessas. As empresas pagam poucos impostos em Portugal."
Não sou eu quem o digo. Aliás não tenho na minha mão elementos que me permitam dar uma opinião. Mas acredito-me no que leio e no que aprendi ao longo destes anos. A frase é do dirigente sindical da UGT João Proença, pessoa que aliás até tenho em conta, e que ao contrário do dirigente sindical da GCTP nem me parece sedento de protagonismo. Mas a frase em si parece-me grave. É frequente comentar-se o excessivo peso do fisco na economia nacional, peso esse que leva a menos investimento estrangeiro na nossa economia (tendo os mesmos resultados antes de impostos, um empresa lucra mais em Espanha ou França do que em Portugal). O próprio Governo concorda com o elevado IRC que as empresas pagam, de tal forma que pretendem reduzir o IRC futuro, de uma forma gradual.
Frases como estas vão-me ajudando a perceber em que consiste a luta sindical em Portugal: os trabalhadores até podem não ganhar mais, mas também não deixamos que o Capital ganhe. Será engano meu, ou as empresas com melhores resultados não podem pagar melhores salários aos seus trabalhadores?
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