Desafiado a comentar as incidências do último Benfica-Sporting da taça da liga, confesso que apenas por manifesta falta de tempo não o fiz mais cedo. E também porque estou a achar alguma piada onde isto vai acabar. Como entretanto vem aí a Selecção Nacional parece que a poeira está a assentar e o tag "Lucílio" vai finalmente perdendo força pela net fora.
De uma forma evidente não há penalty no lance que dá o empate ao Benfica. Da mesma forma que esse lance marca de uma forma inegável o desfecho do jogo. É por essa razão que muito raramente os árbitros se atrevem a dar o benefício da dúvida a quem ataca. A lei diz que em casos de dúvida em fora-de-jogo seja beneficiado o ataque. A prática diz que são beneficiadas as defesas. Um fora-de-jogo mal assinalado passa despercebido, enquanto um golo marcado em fora-de-jogo é um atentado ao trabalho das equipas.
Deixando as filosofias de lado, o Sporting pode sentir razões de queixa de Lucílio Baptista? Pode. Mesmo que quem viu o jogo também possa dizer que o Polga devia ter sido expulso, ou que o lance que dá o primeiro golo do Sporting nasce de uma falta de Vukcevic. Mas mesmo assim esse é o lance chave do jogo. Da mesma forma que o penalty inexistente no Dragão é o lance chave que está na base do empate do Benfica no Porto. Ou o fora-de-jogo de Vukcevic no golo contra o Rio Ave (apitado pelo Lucílio, mas o Rio Ave não vende tanto jornal). E por ai fora...
Erros sempre existiram e irão existir. A verdade é que a reacção do Sporting denota a frustração de ter perdido a única esperança de conquistar alguma coisa este ano. Pelos vistos a taça da liga valia mais do que aquilo que se pretendia fazer crer.
PS: Já agora aconselho vivamente a ver este vídeo. Está fantástico! E agora vou fugir que meti na TVI e a Manuela Moura Guedes está a falar com o Vasco Pulido Valente. Parece um diálogo de autóctones.
281 || Para o meu amigo Fred
Publicada por
Francisco Dias
on 3/27/2009
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A bola nem sempre é redonda
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