296 || Hoje há bola
295 || Tem sido difícil actualizar
294 || Concordo (II)
293 || Aveiro de luto
292 || Tenho uma opinião sobre a transferância de Cristiano Ronaldo
291 || O valor do capital humano *
Qualquer livro de gestão tem um capítulo destinado à área da gestão de recursos humanos. Da mesma forma, qualquer empresa de referência, independentemente do sector onde actue, tem na gestão de recursos humanos um dos segredos do seu sucesso, seja nos critérios da sua política de recrutamento, na aposta na formação contínua ou na avaliação do desempenho individual (ou preferencialmente associando todos estes factores). Sendo assim, porque continuam grande parte das nossas empresas (para não dizer a maioria) a ignorar o potencial daqueles que diariamente trazem valor para as organizações? Creio que de um forma genérica por duas grandes razões: em primeiro lugar pela falta de uma visão estratégica dos nossos gestores/administradores a médio/longo prazo; a segunda, por uma óptica redutora associada ao conceito de “força de trabalho”. Conta Jack Welch no seu livro Vencer, o comentário feito por um antigo funcionário da General Electrics numa das primeiras vezes que o colocaram numa sala de formação: “durante anos pagaram pelo meu trabalho, quando poderiam ter tido de borla a minha cabeça”. Este comentário é absolutamente fantástico e ilustrativo do capital que diariamente as organizações perdem ao não chamar a sua “força de trabalho” para os processos de melhoria. Quem melhor que os seus colaboradores para identificarem as áreas onde a empresa pode melhorar?
Numa economia onde a concorrência obriga as empresas a serem cada vez mais eficientes, o envolvimento do capital humano na tomada de decisões irá garantir não só o empenho de todos em prol de um objectivo comum (aquilo a que comummente chamamos de “vestir a camisola”), como também uma maior aceitação e compreensão das opções tomadas. Além do mais, o tal “custo com pessoal” torna-se num excelente investimento não só em força produtiva, como também numa equipa de consultores internos que diariamente procuram fazer mais, melhor e com o menor número de recursos. E não se esqueça: diferencie, reconheça e valorize o desempenho daqueles que diariamente se esforçam por acrescentar qualquer coisa ao status quo. A inovação começa, mais do que em qualquer gabinete, no dia-a-dia da sua empresa.
290 || Where amazing happens
289 || Concordo...
287 || Blogs vs Twitter
286 || Um novo mundo na jogabilidade
283 || Noite épica na Liga dos Campeões
282 || Grandes Jogadores (II) - George Weah
Mas Weah era acima de tudo um craque. Depois de algumas temporadas bem conseguidas pelo PSG, coube-lhe a árdua tarefa de substituir o insubstituível Marco Van Basten no Milan. Para além da força e do jogo aéreo, Weah tinha uma técnica fantástica e marcou uma época no futebol italiano. Dos muitos golos que marcou na liga italiana e liga dos campeões, aqui fica um exemplo do que era Weah:
281 || Para o meu amigo Fred
De uma forma evidente não há penalty no lance que dá o empate ao Benfica. Da mesma forma que esse lance marca de uma forma inegável o desfecho do jogo. É por essa razão que muito raramente os árbitros se atrevem a dar o benefício da dúvida a quem ataca. A lei diz que em casos de dúvida em fora-de-jogo seja beneficiado o ataque. A prática diz que são beneficiadas as defesas. Um fora-de-jogo mal assinalado passa despercebido, enquanto um golo marcado em fora-de-jogo é um atentado ao trabalho das equipas.
Deixando as filosofias de lado, o Sporting pode sentir razões de queixa de Lucílio Baptista? Pode. Mesmo que quem viu o jogo também possa dizer que o Polga devia ter sido expulso, ou que o lance que dá o primeiro golo do Sporting nasce de uma falta de Vukcevic. Mas mesmo assim esse é o lance chave do jogo. Da mesma forma que o penalty inexistente no Dragão é o lance chave que está na base do empate do Benfica no Porto. Ou o fora-de-jogo de Vukcevic no golo contra o Rio Ave (apitado pelo Lucílio, mas o Rio Ave não vende tanto jornal). E por ai fora...
Erros sempre existiram e irão existir. A verdade é que a reacção do Sporting denota a frustração de ter perdido a única esperança de conquistar alguma coisa este ano. Pelos vistos a taça da liga valia mais do que aquilo que se pretendia fazer crer.
PS: Já agora aconselho vivamente a ver este vídeo. Está fantástico! E agora vou fugir que meti na TVI e a Manuela Moura Guedes está a falar com o Vasco Pulido Valente. Parece um diálogo de autóctones.
280 || Grandes Jogadores - Fernando Redondo
Vem este assunto no seguimento de ter lido um texto há pouco tempo, onde era lembrado um jogador que sempre achei fabuloso: Fernando Redondo. A malta mais nova possivelmente já não se lembrará dele, mas os que são da minha geração seguramente que se recordam desse fantástico médio do Real Madrid. Executava uma posição que habitualmente é conotada com "sarrafeiros" com uma elegância incrível. São jogadores que marcam épocas e que nos fizeram ficar colados horas à frente da televisão. Deixo aqui o desafio a quem por aqui passa para partilhar alguns desses jogadores que de alguma forma marcaram um pouco da história do futebol. Eu assim o farei quando me lembrar de alguém que mereça tal referência.
Aqui fica um vídeo de um dos grandes momentos de Fernando Redondo pelo Real Madrid em pleno Old Trafford:
279 || Pois..
278 || Pequenas Diferenças
Ontem no programa “A Quadratura do Círculo” na SIC Notícias, Luís Lobo Xavier tocou na ferida quanto ao assunto da casa comprada pelo nosso primeiro-ministro a metade do preço de outras fracções idênticas. É importante dizer que há neste país centenas de processos levantados pelo Ministério das Finanças a comuns cidadãos por presunção de fraude na declaração do preço de imóveis com o objectivo de fuga aos impostos. E não estamos a falar de diferenças de centenas de milhares de euros. Curiosamente quanto a este caso parece que tudo se resume a um bom negócio, como se apenas sua Exa. “Eng.” José Sócrates tenha o dom de poder fazer bons negócios. É por estas e por outras que cada vez as pessoas acreditam menos na democracia, ou pelo menos neste tipo de democracia.
277 || Coisas da Bola
Os assuntos da bola são sempre delicados. Principalmente quando há noites como estas, onde aparecem uns gajos grandes e nada toscos em nossa casa e dão-nos uma mão-cheia de golos. Solidário com os meus amigos e colegas sportinguistas, tentei ser delicado ao abordar o assunto. “Epah, aquilo ontem não correu nada bem pois não?”. O problema é que do outro lado a azia acumulada não permite uma resposta tão politicamente correcta quanto a pergunta. “Ao menos estamos na Liga dos Campeões. Já vocês nem isso”. O “vocês” destina-se à minha costela benfiquista. Ainda penso em responder, mas em sinal de respeito concordo, retiro-me embora não deixe de pensar: “Que raio, se é para isto mais vale realmente nem andar por lá”. E estou bem à vontade para o dizer, não tivesse sido eu um dos 10 mil benfiquistas na célebre noite de Vigo…
276 || Séc. XXI
Excerto de uma conversa imaginária:
- Olá. Adicionei ao Hi5.
- Não vi. Costumo estar mais atento ao LinkedIn.
- Pois, eu avisei-te mas estavas offline no MSN.
- Epah ias ao Google Talk!
- Ainda fui ao Twitter mais não tinhas nenhum update.
- Estava a postar no live writer.
- Só vi depois no Google Reader.
- Abraço.
- Outro.
274 || As Oportunidades da Crise
Publicado hoje no Suplemento de Economia do Diário de Aveiro
A crise está aí, e é uma realidade indesmentível. Todos sabemos que a economia se desenvolve por ciclos, sendo que a grande dificuldade consiste em saber ao certo onde acaba a “tempestade” e onde se inicia a “bonança”.
Numa altura em que muitas empresas lutam pela sua sobrevivência, esta pode ser uma boa altura para se repensar nas opções estratégicas seguidas, e em quais os melhores modelos de gestão que permitam encarar o futuro com o optimismo desejável. O dia-a-dia das administrações das empresas tem vindo a ser preenchido cada vez mais por actividades de carácter operacional, ao invés de actividades de gestão na verdadeira acepção da palavra. As dificuldades de tesouraria, a cobrança de créditos, a pressão para pagamento a funcionários e fornecedores e até o envolvimento nas actividades de carácter comercial levam muitas vezes ao descurar da realidade interna das próprias empresas, em particular dos recursos humanos que a constituem. Fará sentido este olhar de uma forma permanente para o exterior sem que a nossa casa esteja devidamente organizada e preparada para os desafios que vão surgindo? Creio bem que não.
O momento conturbado em que vivemos, pode e deve permitir uma reflexão interna sobre o rumo de cada organização. Nas alturas de maior fulgor económico acreditamos que tudo está bem e concentramo-nos quase exclusivamente em dar resposta às necessidades dos clientes. Satisfazer o mercado é a base do sucesso. São no entanto estas alturas, onde as vendas diminuem, onde a necessidade de recurso ao crédito aumenta e onde são colocados em causa postos de trabalho que nos levam a perguntar o que podemos fazer para melhorar a situação. Um facto é inegável: a razão de ser de qualquer empresa começa no mercado e termina no mercado. O meu produto/serviço continua a ter procura? Sou capaz de o produzir e colocar no mercado a um preço competitivo? Se a estas questões a resposta for positiva, então podemos dizer que os factores de sucesso residem dentro da própria empresa.
Assim sendo, custa a perceber como nos dias que correm continua a existir tanta miopia na gestão de recursos humanos das empresas. As empresas pioneiras à escala mundial têm na gestão de recursos humanos um departamento tão importante como uma direcção financeira. Nos casos de PME’s nem é preciso ter um departamento específico com essas funções: basta um pouco de bom senso. São contratadas pessoas com competências para o exercício das funções? Dou formação complementar para dar as ferramentas necessárias ao desenvolvimento de um trabalho eficaz? Tenho um mecanismo que me permite avaliar a prestação dos meus colaboradores? Sei recompensar as melhores performances como forma de estimular os desempenhos de excelência? São questões tão simples como estas que podem determinar o sucesso ou o fracasso de cada organização. Numa altura em que as empresas se confrontam com tantas dificuldades, esta poderá ser a oportunidade ideal para ajustar a dimensão da empresa à realidade ditada pelo mercado, melhorar os seus processos internos, apostar na qualificação e certificação dos recursos humanos, reconhecer e premiar os melhores desempenhos. Estes passos não vão seguramente fazer desaparecer a crise, mas vão alinhar cada empresa na linha de partida para um novo ciclo que, esperamos nós, se inicie o mais rapidamente possível.
273 || Segue-se a Ecco…
No seguimento do post anterior, eis nova notícia no mesmo sentido. Apenas com uma importante diferença: a aposta no centro de I&D. Ou seja, as unidades vocacionadas para a produção em série têm os dias contados, mas abre-se uma janela de oportunidade para os pólos de desenvolvimento, onde aí sim, somos competitivos. Um quadro especializado é mais barato em Portugal do que na Suécia ou no Reino Unido. Aposte-se pois na formação de qualidade.
272 || Philips deixa Ovar
A Philips anunciou a sua saída de Portugal consumada com o encerramento da unidade fabril em Ovar, que será transferida para a China. Tratam-se de más notícias para o país, em particular para os níveis de desemprego que tendem a subir para valores deveras preocupantes. Infelizmente receio que esta seja uma vaga que esteja apenas no seu início. Li a notícia na edição de hoje do Diário de Aveiro, que juntava a já tradicional posição do PCP que aproveita como ninguém estas alturas para fazer a sua política. Das duas observações que eram feitas, uma mostra-se completamente ridícula, enquanto outra tem a sua razão de ser. Em primeiro lugar, o PCP não percebe porque uma unidade fabril encerra quando supostamente (ainda) não dá prejuízo. Como se uma empresa precisasse de esperar por resultados negativos para, depois sim, poder tomar uma decisão deste tipo. Naturalmente que num mundo altamente concorrencial as empresas são obrigadas a analisar as suas posições antes que seja tarde demais. Por isso mesmo a Philips opta por um país que oferece mão-de-obra muito mais barata, mais acesso a tecnologia, eventuais cargas fiscais mais reduzidas (desconheço o sistema fiscal Chinês pelo que se trata de uma especulação) podendo portanto optimizar o seu processo produtivo, oferecendo um produto a um preço final mais competitivo. Esta realidade o PCP ainda não percebeu.
Por outro lado, o PCP toca num aspecto interessante, que é a análise aos benefícios que são dados para as empresas se virem instalar no nosso país. Tem até aqui existido um mito que consiste num eventual poder que se atribui aos governos em influenciar as decisões sobre os países onde as empresas se vão fixar. Trata-se de algo que não corresponde à realidade. As empresas fixam-se em função das suas estratégias e do contributo que o país pode dar à empresa, e só em opções muito similares os governos poderão ter algum poder em captar os investimentos. Por exemplo, analisando o caso da Philips, e sendo o seu objectivo a redução dos seus custos de produção, por muito que qualquer governo queira é impossível oferecer melhores condições do que aquelas que são oferecidas pelo mercado chinês. Podemos sim trabalhar nos aspectos estruturais da nossa economia como sejam a qualificação da mão-de-obra, a eficiência do sistema de justiça ou a redução de megalómano peso do Estado na nossa economia. Aí sim teremos reais condições para captar o investimento que realmente nos interessa. Até lá, tratam-se de números de ilusionismo.
270 || Quase um Mês sem postar…
Mas muito para dizer. Para breve.